Ochente!
Fui preto danado;
dos cumbes da Bahia;
do jogo da capoeira;
das roda de mandinga,
do chero das rapariga.
Muita roda formei;
muita cantiga jinguei;
meu patuá carreguei;
e nesse caroço,
o que tem só eu sei.
Ochente, salve a Bahia!
Salve nosso Sinhô do Bonfim;
Salve nossa sinhora das Candeias;
Salve todos os santos da Bahia.
Eita que pito bom...
Miséra...
Num quero bebe;
Quero pitá!
Eita que pito bom...
Num há cabrunco que se achegue;
mardição que se encoste;
zóio grande que seque,
quem me pede e eu num aconchegue.
Eita pito bom...
Ainda pito feito moço;
rodo gira;
quebro mandiga;
me chamam de baiano,
mas se qué me respeitá,
me chama zé caroço!
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