quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Prece a Ibeji


Gloriosa Potência Divina dos Puros;
Cosme, Damião, Doun, Crispim e Crispiniano;
Vós que Sois Um em Ibeji;
.Que Sois Vários em Erês, Ibeijada e Dois-Dois;
Divina falange de Yori que faz solene vossa chegada;
Mestres espirituais nos conceitos do Bem e do Puro;
Vós que se senta no chão e sutilmente dá suas mensagens;
Ilumine-nos com os luzeiros da corte de Oxalá;
Abençoa-nos com os fluidos de paz, amor, felicidade e prosperidade;
Conceda-nos sutilmente a limpeza espiritual do meio em que vivemos;
Exercite em nós o aprimoramento de viver sempre com alegria e esperança;
Sobretudo com bom humor, honestidade e pureza de coração;
Divinos magos da Pureza que agem com destreza e maestria;
Equilibrem em nós as forças da mente e do coração;
Neutralizem as demandas provenientes do submundo astral;
Repulsem com veemência a ação das entidades maléficas;
Confira-nos energias inesgotáveis como de uma criança e sabedoria como a de um ancião;
A Vós Clamamos;
A Vós Rogamos;
Omi Beijada!
Saravá Cosme e Damião!
Saravá Crispim e Crispiniano!
Saravá Dois-Dois!
Saravá Ibeijada
!

sábado, 8 de setembro de 2012

Trerapia de Umbanda, uma perspectiva.



http://www.espiritualidades.com.br/Artigos/F_autores/FARKAS_Silnei_Aparecido_tit_Terapia_de_Umbanda.htm

Pai Obaluayê, o Sagrado Guardião da vida


“A cada um, segundo o seu merecimento”, diz a Lei Maior.Quando o espírito atua de forma desvirtuada, atrai para si a força corretiva da Lei Maior e o Divino Mistério de nosso Pai Obaluayê no seu aspecto absorvedor é aplicado para paralisar e esgotar seus vícios e desequilíbrios.Ao exemplo de nossos irmãos de outras religiões que exercem um período de “jejum das vaidades”, aproveitemos este tempo de “deserto”, de reflexão em silêncio, Atotô, para avaliarmos nossas “des-virtudes” e num ato de completa humildade desvelar-se diante desta Potência Curadora de Deus.Ele é o “último abrigo” dos caídos, a esperança da regeneração e do recomeço.
Mucuiu!
Atotô!

Obaluayê, o Pai do Amor incondicional



O Amor incondicional é o Amor de Deus pelos caídos, desprotegidos, enfermos, desabrigados e necessitados.
Somente o Orixá que garante a vida e a geração, através do Amor, pode resgatar, abraçar, velar e regenerar um ser que deliberadamente se envolveu na podridão da maldade.
Temê-lO é um erro incomensurável, significa desprezar todos os recursos hoje disponíveis para entender que doença e morte não podem mais ser vistos como “inimigos” ou “castigos”, pois são apenas estágios, são passagens, são caminhos para outras condições, situações e realidades. Consciência esta anunciada pelo nosso Pai Antonio aos seus filhos, por ocasião do retorno de seu “retiro”: “Eu não estava doente como tantos pensavam, mas, me purificando”. Sapiência!
Épocas passadas, as sociedades africanas impunham aos deuses terríveis a responsabilidade de castiga-las com tudo aquilo que não compreendiam, a saber: o ambiente inóspito, as bruscas mudanças climáticas, a aridez da terra, o sol ou a chuva excessivos, a escassez de alimentos, as doenças que não conhecia e a própria morte. Obaluayê remonta esta época da tradição oral.
Imputamos aqui a ignorância aqueles que ainda cegam-se diante do Grande Velador da Vida em detrimento a autoconsciência de que a moléstia é fruto de respostas perante a Lei e a Justiça Divinas pelos seus próprios atos .
“A Deus o que é de Deus e a César o que é de Cesar”.
Para o equilíbrio de toda a Criação, Reverenciamos o Pai do Amor Incondicional:
Perdão Obaluayê, perdão!
Mucuiu!
Atotô!

O ser humano e a punição




Quando um ser humano fraqueja em sua jornada carnal, acontece a punição, ou melhor, a autopunição. Sob o prisma da Lei Divina, a flexibilização da punição nos é presenteada pelo próprio Criador, o Grande Arquiteto do Universo já na encarnação seja com a nomenclatura de livre arbítrio, mapa dos caminhos virtuosos ou qualquer outra, assim, cabe ao próprio homem responder por suas próprias atitudes. NZambi Deus Cria e Gera, mas também paralisa a criação que não mais atenda aos SEUS desígnios. Proporciona ao homem uma estadia desértica consigo e com Ele. É a presença de nosso Pai Omulu, a potência de Deus que paralisa tudo e todos que estiverem criando ou gerando em sentido contrário, desvirtuado, ao que Deus estabeleceu como correto, virtuoso. A Caridade Divina mostr
a-se na paralisia do mal. A autopunição humana está em aceitar o erro e corrigi-lo. Autopunição é contrição, retomada ao caminho do bem e conscientização da ação dos Divinos Orixás como Potências corretivas de NZambi Deus. Uma máxima do mestre Jesus diz que o mal não está contido naquilo que entra pela boca do homem, mas, “naquilo de sai”. Antes que a matéria prima do mal possa sair da pessoa humana para habitar o cosmo, acontece a vibração de nosso Pai Omulu. Estando o homem receptivo, consciente do erro que cometeu, inicia-se o processo de cura. Oxalá, um dia todos os irmãos possam contemplar e traduzir O Silêncio Sagrado do Orixá, livre da passagem pelo deserto da punição. Atotô!


Uma Prece a Exú


Oh! Glorioso mensageiro do céu e da terra;
Mistério que vitaliza e ativa os seres em todos os sentidos da vida;
Protetor das almas encarnadas e desencarnadas;
Vós que paralisa e esgota os carmas coletivos e individuais;
Nós vos invocamos humildemente, para que nos ajudes;
Executai a Lei e o carma nas trevas sob a regência de nosso Pai Ogum;
Esgotai todos os vícios e desvios humanos geradores do ódio e da vingança;
Encoraja-nos a Vencer toda a adversidade e a feitiçaria dos homens da terra;
Que vossa sagrada linha de trabalho na nossa amada Umbanda seja sempre
Fonte de aconselhamento, orientação e defesa que ajuda a superar nossas dificuldades materiais, espirituais, sentimentais, familiares e profissionais.
Vós que ocupa o "Trono Neutro", que não é bom nem mau, e responde segundo a invocação;
Dá-nos a segurança em nossos pedidos também diante de Tua natureza feminina;
Oh! Senhor das encruzilhadas da vida humana.
Luz que tira o homem das trevas;
Através de vossa corrente vibratória,
Pedimos humildemente sob as invocações de Exu, Pomba-Gira, Lebara e Aluvaiá;
Que envie a Vossa Luz a esta Casa Santa para a promoção da Paz, da Freternidade, do Amor ao próximo e da Verdade.
Laroyê!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

As mãos de um Oba



Mucuiu mãos de Oba;


Singelos vossos sinais;

Há quem te conheça;

Oba de Oxalá...



Mucuiu mãos de Oba;

Apelas pelo Adjá;

A quem te é fiel;

Sacro é vosso desejo

Vibrado nos puros corações.

És realmente um Oba;

Comunicado entre nós;

Fala-nos pelos santos gestos,



Mucuiu mãos de Oba;

Tua fragilidade física,

Oculta a fortaleza espiritual;

Com tua física mão de Adjá;

Consagraste teu ramo, onde sou folha verde.



Mucuiu mãos de Oba;

Valei-nos vossa escolha,

Oxalá 

aceite todos a vossa eleição,

Mucuiu mãos de Oba;

Mucuiu Oba!

Mucuiu ramo da fortaleza!

KaÔ




Kaô, meu Pai
Xangô da Justiça
Senhor dos justos
Pai da Dignidade
Kaô, meu Pai
Fogo que abrasa os corações
Chama que ilumina escuridões
Quentura que acolhe
Brasa que alimenta
Fogo na Pedra
Pedra no Fogo
Justiça estampada
Como carta de jogo
Pedra estampada
Que o fogo ilumina
A lei que separa
O joio do trigo
O fim do começo
Que sela o Bem
A Amizade sem preço
O Amor do fim ao recomeço
Kaô, Xangô
Kaô, Nagô
Mucuiu.
Motumbá.
Kolofé.
Axé ô.
Sua benção.
Kaô Kabencilê!

Oxum a meu pai!



Aieiê nossa mãe Oxum;

Senhora das águas vertentes,

Rogamos a Ti;

o germe da cura;

a água pura;

o colo materno;

o Amor eterno;

Ao nosso pai que precisa,

Da cura em brisa.

Aieiê nossa mãe Oxum;

A Ti nosso canto;

Ao nosso pai vosso manto;

Enxuga dele o pranto;

Pois nosso pranto é um.

Aieiê nossa mãe Oxum;

Senhora das águas vertentes,

Que acompanha pai Antonio agora;

Conceda a cura sem demora;

Pois quem a vida lhe deu uma vez;

Na fé que lhe pedimos;

Lhe concederá outra vez;

Aieiê nossa mãe Oxum!

É da Bahia Sinhô!


Ochente!
Fui preto danado;
dos cumbes da Bahia;
do jogo da capoeira;
das roda de mandinga,
do chero das rapariga.
Muita roda formei;
muita cantiga jinguei;
meu patuá carreguei;
e nesse caroço,
o que tem só eu sei.
Ochente, salve a Bahia!
Salve nosso Sinhô do Bonfim;
Salve nossa sinhora das Candeias;
Salve todos os santos da Bahia.
Eita que pito bom...
Miséra...
Num quero bebe;
Quero pitá!
Eita que pito bom...
Num há cabrunco que se achegue;
mardição que se encoste;
zóio grande que seque,
quem me pede e eu num aconchegue.
Eita pito bom...
Ainda pito feito moço;
rodo gira;
quebro mandiga;
me chamam de baiano,
mas se qué me respeitá,
me chama zé caroço!